10 de nov. de 2008

RESPOSTA DO QUAL O SEU DIAGNÓSTICO DO DIA 29/10

Conforme comentário com resposta corretíssima dos discentes de Medicina Veterinária da UEL Murilo curti (4o ano) e Carolina Viana (3o ano), a síndrome é lombosacra, mais especificamente na região da cauda equina, afetando a inervação da bexiga e esfíncter anal, pois o animal apresenta ausência do reflexo perineal e bulbocavernoso, analgesia cutânea em região perineal e incontinência fecal e urinária.
No diagnóstico diferencial dos problemas neurológicos deve-se lembrar das seguintes etiologias:

V - vascular
I - infeccioso, inflamatório
T - trauma, tóxico
I - imunomediado ou autoimune
M - má formação, metabólico
I - idiopático
N - nutricional, neoplásico
D - degenerativo, alterações do desenvolvimento


Pela idade de aparecimento dos sintomas,, ausência de trauma e de sinais sistêmicos, a principal suspeita para a etiologia é uma má-formação óssea CONGÊNITA (estenose lombosacra, sacralização de vértebras lombares, hemivértebra, vértebra em bloco, espinha bífida e anormalidades associadas como meningocele, meningomielocele e disrafismo espinhal).

Na imagem da radiografia simples pode-se notar ausência de fusão da lãmina dorsal nas vértebras L6, L7 e início do sacro, compatível com espinha bífida. Apesar de neste caso a mielografia não ter sido realizada, pode-se suspeitar ainda da ocorrência de meningomielocele associada.

O prognóstico é reservado, pois o tratamento cirúrgico em cães não reverte os sinais clínicos existentes e dificilmente é realizado na medicina veterinária, devido ao diagnóstico tardio.


LEITURA ADICIONAL SUGERIDA:

Spina bifida in three dogs: Mônica V. B. Arias, Rogério A. Marcasso, Flávia N. Margalho, Silvana Sierra, Milton de Oliveira, Rodrigo dos R. Oliveira. - http://www.bjvp.org.br/files/pdf/01/08_02_015.pdf